... uma garrafa de Chardonnay e  bilhetes para uma aventura e uma refeição deliciosa.

  Todos os anos, entre o Natal e o Novo Ano, a minha amiga Christa convida as amigas mais íntimas para o café da tarde (Kaffeeklatsch) acompanhado do famoso bolo de Natal alemão (Stollen), uma receita das tias de Erfurt. Hoje à tarde lá nos encontramos na casa dela para falarmos sobre Deus e do mundo. Como é tradição, cada uma de nós recebe um presente, o meu foi um livro para colorir Ryan Gosling. Embora eu preferisse receber o Ryan embrulhado em papel celofane.

"Segunda-feira de manhã, 27 de Dezembro. Há mais de sessenta horas que não me dispo e só dormi sete ou oito horas desde que entrei de serviço, à meia-noite de sexta-feira ~ e mesmo essas poucas horas dormi-as sentado numa cadeira. Preciso de me barbear, sabe-me a boca mal e sinto-me pavorosamente.  Natal! Festejei-o com uma sanduíche apressada é uma chávena de café, no Automat, e as boas-festas que distribuí consistiram em informar a mulher do meu melhor amigo de que o marido fora morto por um automobilista que o atropelada e fugira. Não gosto do caso que estou a investigar. É um crime miserável e sórdido e, pelo que pude verificar até agora, está relacionado com um grupo de pessoas miseráveis e sórdidas. A vítima... bem, ninguém merece ser assassinado e existe uma lei contra o assassínio, mas pelo que averiguei até este momento ela parece ter dado a numerosas pessoas razões suficientes para ignorarem essa lei." Ui, este romance policial do autor americano Lionel

Era uma vez, lá na Judeia, um rei. Feio bicho, de resto: Uma cara de burro sem cabresto E duas grandes tranças. A gente olhava, reparava, e via Que naquela figura não havia Olhos de quem gosta de crianças. E, na verdade, assim acontecia. Porque um dia, O malvado, Só por ter o poder de quem é rei Por não ter coração, Sem mais nem menos, Mandou matar quantos eram pequenos Nas cidades e aldeias da Nação. Mas, Por acaso ou milagre, aconteceu Que, num burrinho pela areia fora, Fugiu Daquelas mãos de sangue um pequenito Que o vivo sol da vida acarinhou; E bastou Esse palmo de sonho Para encher este mundo de alegria; Para crescer, ser Deus; E meter no inferno o tal das tranças, Só porque ele não gostava de crianças. Miguel Torga, Antologia Poética Coimbra, Ed. do Autor, 1981

O Japão era um país totalmente isolado do resto do mundo, até que por volta de 1870 um presidente americano mandou uma expedição de reconhecimento a Sua Majestade Imperial, cujo intuito era forjar laços de amizade com o Império do Sol Nascente. Nas décadas que se seguiram, vários oficiais da marinha americana visitaram o Japão e contraíram matrimnios temporários com jovens japonesas. A história de Cio-Cio-San — Butterfly — baseia-se em factos reais, e descreve as trágicas consequências de um desses matrimônios contraídos com leviandade. Com o libreto de Giuseppe Giocosa e Luigi Illica, Madame Butterfly   é uma das mais conhecidas de Giácomo Puccini.

As nossas drogas são esperanças, ilusões, fantasia.

  Max Born nasceu em 11 de Dezembro de 1882 em Breslávia, Baixa Silésia, hoje parte da Polónia, que no momento do nascimento de Born fazia parte da província prussiana da Silésia no Império Alemão, numa família de ascendência judaica.  O físico e matemático alemão foi fundamental para o desenvolvimento da mecânica quântica. Também fez contribuições à física do estado sólido e óptica e supervisionou o trabalho de vários físicos notáveis ​​nas décadas de 1920 e 1930.  Ganhou em 1954 o Prémio Nobel de Física pela sua "investigação fundamental na Mecânica Quântica, especialmente na interpretação estatística da função de ondas".

Batem leve, levemente, como quem chama por mim. Será chuva? Será gente? Gente não é, certamente e a chuva não bate assim. É talvez a ventania: mas há pouco, há poucochinho, nem uma agulha bulia na quieta melancolia dos pinheiros do caminho... Quem bate, assim, levemente, com tão estranha leveza, que mal se ouve, mal se sente? Não é chuva, nem é gente Nem é vento com certeza. Fui ver. A neve caía do azul cinzento do céu, branca e leve, branca e fria... Há quanto tempo a não via! E que saudades, Deus meu! Olho-a através da vidraça. Pôs tudo da cor do linho. Passa gente e, quando passa, os passos imprime e traça na brancura do caminho... Fico olhando esses sinais da pobre gente que avança, e noto, por estre os mais, os traços miniaturais duns pezitos de criança... E descalcinhos, doridos... a neve deixa inda vê-los, primeiro, bem definidos, depois, em sulcos compridos, porque não podia erguê-los!... Q

— Nós vos pedimos com insistência: Nunca digam — Isso é natural— Diante dos acontecimentos de cada dia. Numa época em que reina a confusão, em que corre sangue, em que se ordena a desordem, em que o arbítrio tem força de lei, em que a humanidade se desumaniza... Não digam nunca: Isso é natural!! A fim de que nada passe por imutável. Sob o familiar, descubra o insólito, sob o cotidiano, desvele o inexplicável que tudo que seja dito ser habitual cause inquietação. Na regra é preciso descobrir o abuso e sempre que o abuso for encontrado é preciso encontrar o remédio. Bertold Brecht (1898  — 1956)

Ontem à noite, coloquei o meu sapatinho à porta do meu lar, doce lar. Hoje de manhã, encontrei lá uma prenda condigna. Ele sabia muito bem, que devia fazer um esforço para me deixar no sapatinho aquilo que eu queria. Desejo-vos uma tarde muito quentinha a saber a biscoitos, música e amor.

  Contra o stress do Advento não há nada melhor do que passar a tarde numa sala escura do cinema e à noite estar convidada para jantar. Baseado no best-seller de Agatha Christie, "Um Crime no Expresso do Oriente" conta a história de treze estranhos presos num comboio e onde todos são suspeitos.   O que começa como uma luxuosa viagem de comboio pela Europa rapidamente se torna num dos mais elegantes e emocionantes mistérios alguma vez escrito pela escritora britânica. Kenneth Branagh realiza e lidera um elenco repleto de estrelas como Penelope Cruz, Willem Dafoe, Judi Dench, Johnny Depp, Michelle Pfeiffer, Daisy Ridley e Josh Gad.

   Quatro domingos antes da chegada do Natal, inicia-se a época do Advento, cujo ponto alto é o concerto do 1º domingo de advento na Kreuzkirche de Düsseldorf. Gosto muito de música clássica e adoro Johann Sebastian Bach.

à espera de Godot ou a Alemanha em compasso de espera? Aumenta a pressão ao regresso da Grande Coligação . O presidente Frank-Walter Steinmeier quer evitar novas eleições. Por isso insiste que, apesar de todas as ressalvas, SPD e CDU/CSU deem a partida para a Grande Coligação. E é provável que esta se torne realidade: os social-democratas mostram-se dispostos ao diálogo, embora mantendo abertas todas as opções, inclusive um governo minoritário liderado por Angela Merkel. Até poucas semanas atrás o SPD ainda estava firmemente decidido a unir-se às alas da oposição. Mas pode demorar até que se constitua um governo — talvez até Março, como supõem certos observadores. Uma coisa fica cada vez mais clara: a Alemanha não pode esperar até ao segundo trimestre de 2018 por um novo governo. Cada dia conta.

  O maravilhoso mundo dos calendários de Advento é uma tradição alemã do século XIX, entre os protestantes, mas já ganhou popularidade noutros países. Inicialmente, eles eram somente impressos. Depois passaram a ter janelinhas com chocolates para adoçar o tempo de espera até ao Natal das crianças. Hoje em dia, há calendários de Advento com jóias, cosméticos e outros produtos, não faltam asas para a imaginação. Atrás das 24 janelinhas do meu calendário, escondem-se produtos de beleza. Muitas cidades alemães têm calendários de Advento em tamanho gigante. Ou seja, prédios ou casas, em que janelas de verdade se abrem.  O maior calendário de Advento do mundo, ao ar livre, está na parede de uma casa no centro de Leipzig, no Leste alemão. Ele mede 857 metros quadrados. Todos os dias, às 16 horas, do dia 1° até 24 de Dezembro, abre-se uma janela, onde aparecem motivos de Natal.